A nota mais baixa entre as escolas particulares no Estado de São Paulo ficou em 449 pontos (Roman Diadema). A pior estadual ficou quase 100 pontos abaixo, com nota de 364 (Jayme Almeida Paiva). Entre as 20 piores, 19 são estaduais e uma é municipal.
No Rio de Janeiro a diferença entre as redes privada e estadual é de 68 pontos: 456 para o Salesiano e 388 para Embaixador Raul Fernandes. Lá também estão 19 são estaduais entre as 20 piores.
A pior colocada na rede particular do Distrito Federal, foi a Master II, com nota 483. Entre as públicas, a lanterna ficou para CEF 312 de Samambaia (379 pontos). Todas as 20 piores escolas do DF são estaduais, e apenas uma é em Brasília. As outras são nas cidades satélites.
Problemas no sistema
O resultado não surpreendeu a coordenadora geral do Sepe- RJ (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio), Maria Beatriz Lugão. Ela lembra que o resultado da rede estadual de ensino fluminense foi um desastre no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).
Beatriz cita alguns problemas que atrapalham o desempenho dos alunos, como os baixos salários dos professores e a redução da carga horária nas escolas, “que passou de 30 para 25 horas por semana em 2004”.
- Vivemos um abandono. Um professor que ganha R$ 700 fica dois ou três meses lecionando na escola pública e sai para um trabalho melhor. O desempenho do Enem não é nenhuma surpresa pra nós. Não podíamos esperar nada, além disso.
A secretaria de educação do Rio de Janeiro disse que só se manifestará sobre o desempenho das escolas depois que receber os resultados.
Para as secretarias de São Paulo e do Distrito Federal, o Enem não é parâmetro para avaliar a rede pública, pois o exame “avalia o aluno, não as escolas”. Além disso, a prova é optativa, não obrigatória. A secretaria paulista de educação acrescentou que a nota das escolas estaduais no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) aumentou nos últimos dois anos.
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