Governo diz que produtos de uso civil poderão entrar no território palestino
Em comunicado, o escritório do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, informou que vai aliviar o sistema de entrada de alguns produtos em Gaza.
"O Gabinete de Segurança manteve uma ampla discussão nos últimos dois dias em referência aos ajustes da política de Israel sobre Gaza", informa o governo em comunicado, acrescentando que o país decidiu "aliviar o sistema da entrada de bens civis em Gaza".
O núcleo do gabinete de Netanyahu também aceitou "expandir o fluxo de materiais para projetos civis que estejam sob supervisão internacional", mas diz que vai "continuar com os procedimentos de segurança existentes para impedir a entrada de armas e material de guerra".
"Nos próximos dias, o governo decidirá os passos adicionais que serão tomados para que essa política seja efetivada", indica a nota, que convoca a comunidade internacional a trabalhar para a libertação imediata do soldado Gilad Shalit, capturado por milícias palestinas de Gaza há quatro anos.
A medida representa a cessão do governo israelense à pressão internacional, que pediu o fim do bloqueio a Gaza após o ataque à frota humanitária que se dirigia ao território palestino, no último dia 31 de maio. Nove ativistas turcos morreram na ação.
A representante europeia de Assuntos Exteriores e vice-presidente da Comissão europeia, Catherine Ashton, pediu nesta quarta-feira (16), em discurso no Parlamento Europeu, que o bloqueio que seja encerrado.
- [O bloqueio] causa danos às pessoas, impede a reconstrução, alimenta o radicalismo e dá autoridade ao Hamas (grupo político radical que governo Gaza).
Os Estados Unidos, principais aliados de Israel, tacharam de "insustentável" o cerco ao território, lar de 1,5 milhão de pessoas, e exigiram a revisão da medida.
Na última semana, Israel começou a afrouxar o cerco a Gaza e anunciou que permitiria a entrada de refrescos, sucos, frutas em conserva, bolachas, aperitivos e batatas fritas, medida que os palestinos consideraram
Fonte: R7
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