Os alunos mortos começam a ser enterrados hoje. Os corpos foram identificados por parentes. Mariana Rocha de Souza, Laryssa da Silva Martins e Milena Santos do Nascimento serão enterradas às 11h, no cemitério do Murundu, em Realengo. O corpo de Géssica Guedes Pereira será enterrado, às 15h, no cemitério Ricardo de Albuquerque, na zona oeste. O corpo Karine Lorraine de Oliveira será enterrado no cemitério da Saudade, em Sepetiba (zona oeste) - até a noite de quinta-feira, o horário não havia sido confirmado.
A prefeitura e a Santa Casa do Rio de Janeiro oferecem os funerários para todas as famílias das vítimas do massacre. De acordo com o assessor de gabinete da prefeitura, o serviço esta disponível para todas as vítimas, porém cabe aos familiares escolherem se querem o serviço ou não.
- Até o momento a prefeitura irá fazer o sepultamento, gratuito, para cinco vítimas. As demais provavelmente estão procurando os serviços funerários particulares.
Entenda o caso
Por volta das 8h de quinta-feira (7), Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, entrou no colégio após ser reconhecido por uma professora e dizer que faria uma palestra.
Armado com dois revólveres calibre 38, ele invadiu uma sala de aula no primeiro andar e outra no segundo, e fez vários disparos contra estudantes que assistiam às aulas. Ao menos 12 morreram e outros 12 ficaram feridos, de acordo com levantamento da Secretaria Estadual de Saúde.
Duas adolescentes baleadas, uma delas na cabeça, conseguiram fugir e correram em busca de socorro. Na rua Piraquara, a 160 m da escola, elas foram amparadas por um bombeiro. O sargento Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, lotado no BPRv (Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário), seguiu rapidamente para a escola e atirou contra o abdome do criminoso, após ter a arma apontada para si. Ao cair na escada entre o segundo e o primeiro andar, o jovem se matou atirando contra a própria cabeça.
Com ele, havia uma carta em que anunciava que cometeria o suicídio. O ex-aluno fazia referência a questões de natureza religiosa, pedia para ser colocado em um lençol branco na hora do sepultamento, queria ser enterrado ao lado da sepultura da mãe e ainda pedia perdão a Deus.
Os corpos dos estudantes e do atirador foram levados para o IML (Instituto Médico Legal), no centro do Rio de Janeiro, para serem reconhecidos pelas famílias. Os velórios e os enterros serão realizados a partir desta sexta-feira (8).
A Divisão de Homicídios da Polícia Civil concluiu a perícia na escola no início da noite de quinta-feira. O inspetor Guimarães, responsável pela análise, disse que o assassino deve ter atirado de maneira aleatória contra os alunos. A polícia está investigando se os estudantes que morreram eram do 8º ano de escolaridade (antiga 7ª série). A perícia deve confirmar que as vítimas atingidas estavam sentadas na primeira fileira da sala de aula.
Com informações do R7
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