O mistério sobre a morte do garoto Francisco Daniel Alves Prado, que estava enterrado há 11 anos no cemitério São Miguel, em Itatira, no Sertão Central, foi desvendado. O resultado do exame de DNA saiu na tarde desta segunda-feira (14), confirmando que o corpo era mesmo do garoto, que teve os restos mortais exumados no último dia 17.
Daniel morreu em 1999, quando tinha quatro anos, após ter sofrido queimaduras de terceiro de grau. A criança foi encaminhada ao Instituto Doutor José Frota (IJF), na capital cearense, onde foi declarado o óbito. No entanto, a família foi informada de que existia a possibilidade de ele estar vivo e morando no interior de São Paulo, precisamente em Araçoiaba da Serra.
O tio da vítima, Vandery Amorim, ainda não acredita no resultado do exame. “Eu queria um novo exame, mas fui informado que a exumação não pode ser refeita”, lamentou. Segundo ele, a família – inclusive a mãe da criança – ainda não sabe do resultado do exame.
Porém, Vandery Amorim crê que o resultado da exumação está “favorecendo” o poder público. “O hospital é do Estado. E o exame foi feito pelo Estado. Vou apenas entregar tudo nas mãos de Deus”, disse.
A titular da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa), Ivana Timbó, ressaltou que, agora, o próximo passo é descobrir quem é o menino que está sendo confundido com Daniel.
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