NA CAPITAL: Dezesseis pontos estão impróprios para banho em Fortaleza nesta semana

A praia do Caça e Pesca é um dos pontos impróprios para banho, segundo a Semace

Dezesseis (16) pontos estão impróprios para banho em Fortaleza nesta semana. É o que aponta o último boletim de balneabilidade das praias da Capital, divulgado nesta sexta-feira (27). O resultado é fruto da análise de 31 pontos que são monitorados pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).

A última análise das águas foi realizada pelo Núcleo de Análise e Monitoramento (Nuam) da autarquia no período de 24 de abril a 23 de maio. Apesar dos 16 pontos impróprios, outros 15 estão próprios para contato primário e recreação dos banhistas em Fortaleza.

Os locais considerados impróprios para banho são aqueles que possuem mais de 1.000 coliformes termotolerantes para cada 100 mL de água nas últimas cinco medições. O trabalho de monitoramento é realizado semanalmente pela equipe do Núcleo de Análise e Monitoramento da Semace.

O órgão recomenda aos banhistas que evitem tomar banho de mar após a ocorrência de chuvas de maior intensidade, pois estas contribuem para a deterioração da qualidade das águas das praias carreando uma grande quantidade de esgotos, lixo e outros detritos através de galerias de águas pluviais, córregos e canais de drenagem.

Confira abaixo os pontos:

Impróprios
Caça e Pesca
Barraca Arpão Praia Bar
Barraca Beleza
Início da Rua Ismael Pordeus
Farol
Iate
Mucuripe
Marina Park Hotel
Início da Av. Philomeno Gomes
Kartódromo
Início da Av. Pasteur
Colônias
Horta
Início da Rua Lagoa do Abaeté
Goiabeiras
Barraca Big Jeans
Barra do Ceará

Próprios
Barraca Itapariká
Barraca Hawaí
Praça 31 de Março
Barraca América do Sol
Barraca Crocobeach
Clube de Engenharia
Estátua de Iracema
Volta da Jurema
Edifício Arpoador
Diários (Ponta Mar Hotel)
Ideal Clube
Ed. Vista del Mare
Ponte dos Ingleses (Ponte Metálica)
INACE (Indústria Naval do Ceará)

Redação Jangadeiro Online, com informações da Semace

NA CAPITAL: Ponte Metálica completa 105 anos em situação de abandono

Muitos anos conhecida como Ponte Metálica, ela ‘cedeu’ sua alcunha para aquela mais nova, talvez mais formosa, a Ponte dos Ingleses. Para os íntimos, únicos que ainda marcam presença em sua estrutura, ela é a Ponte Velha, assim, com misto de desprezo e orgulho pela idade que a corrói.

No dia em que comemorou 105 anos, contados de acordo com o ano em que a estrutura inicial ficou pronta, em 1906, a ponte serviu de espaço de encontro para aqueles que formaram um coletivo a favor da comunidade do Poço da Draga. Para marcar data, a programação previa a posse do Conselho Comunitário e Defesa Social do Poço da Draga, intervenções artísticas e roda de conversas com os moradores locais. Tudo realizado ontem.

As mobilizações da comunidade, com olhos voltados para o mar e a ponte que nele avança, estão centradas em discutir a imensidão de projetos que estão sendo realizados e pensados para a área, sem que haja, segundo representantes do Conselho, um diálogo mais profundo com aqueles que deveriam ser os mais interessados: os moradores do Poço da Draga.

A presidente do Conselho, Maria Ivoneide Góes, comenta que a formação conta com 10 integrantes, que sentiram a demanda de uma representação mais ativa das necessidades e dos quereres das pessoas que moram ali, muitas há mais de 40 anos. “Queremos trabalhar para e pela comunidade”, comenta Ivoneide, enaltecendo a necessidade de maior diálogo das gestões municipal e estadual com os moradores do Poço da Draga.Estrutura antiga

Seguindo o trilho que já foi muito útil para o carregamento de mercadorias que iam e vinham pelo mar, é possível encontrar os pescadores, ora ajeitando as linhas, fitando a água ou tratando os peixes; as crianças que se sentam à sombra, pulam e brincam; jovens que mergulham, e restos de fogueiras. Provas do uso que a comunidade faz do espaço, mesmo com o risco exposto pela estrutura de concreto danifecada, que não recebe qualquer manutenção.

Enquanto pescava, Francisco Daniel Holanda, 40 anos, comentou sobre as partes de concreto que já caíram e a dificuldade que vê em reformar a estrutura tão antiga. Para o gráfico Ângelo Graça, 31, as melhorias que poderiam ser feitas dizem respeito à iluminação e pintura, pois “para urbanizar como foi feito com os espigões e ficar com frescura não vale a pena”. Para ele, o local é da comunidade e para ela é que deve ser pensado.

Segundo a Secretaria Executiva Regional (SER) 2, responsável pela área, a Prefeitura está fazendo estudos para elaborar projetos para a área e buscando recursos para suas execuções. Por enquanto, a reforma do calçadão vai até poucos metros antes do começo da ponte.

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

Menos famosa que a Ponte dos Ingleses, mas testemunha mais antiga da história da cidade e da comunidade que ali se estabeleceu, a Ponte Metálica, ou Ponte Velha, completa 105 anos, com sérios problemas na estrutura física.

SAIBA MAIS

A comunidade do Poço da Draga estabeleceu uma relação intensa com o mar, por causa da proximidade.

Tal relação é fácil de ser percebida ao ver as crianças que lidam com a imensidão de água usando-o como extensão do lazer.
Segundo o Conselho Comunitário e Defesa Social do Poço da Draga, a comunidade precisa ser mais e melhor informada sobre os impactos que obras como o Acquário, projeto do governo do Estado, trarão para a área.

O nome Poço da Draga faz referência à presença de uma draga, tipo de embarcação, no tempo em que a Ponte Metálica era local de parada.

A regulamentação da Zona Especial de Interesse Social (Zeis) também é uma questão que o Conselho percebe como demanda da comunidade. Prefeitura de Fortaleza reformou o calçadão da Praia de Iracema até poucos metros antes do começo da Ponte Metálica, deixando a continuação com o cenário de pedras, lixo e concreto quebrado.

Com informações do jornal O Povo