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quinta-feira, 24 de junho de 2010

• ECONOMIA: Juros bancários têm novo aumento em maio

Segundo dados do Banco Central, a taxa média passou de 34,3% para 34,9% ao ano, a maior em seis meses

Brasília Os juros cobrados pelos bancos de consumidores e empresas subiram pelo segundo mês seguido em maio.

Segundo dados do Banco Central, a taxa média passou de 34,3% para 34,9% ao ano, a maior em seis meses.

O movimento acompanha a alta da taxa básica de juros, que já subiu duas vezes em 2010 e passou de 8,75% para 10,25% ao ano. Para os consumidores, a taxa média passou de 41,1% para 41,5% a.a.. Para empresas, avançou de 26,3% para 27% a.a.. Houve alta dos juros nas principais modalidades, como crédito pessoal e financiamento de veículos e outros bens. A exceção foi o cheque especial, cuja taxa recuou de 161,3% para 160,3% ao ano.

A taxa de inadimplência se manteve estável em 6,8% para os consumidores e teve ligeira alta para as empresas (3,7%).

Crédito em expansão

O crédito bancário bateu novo recorde e deve manter o ritmo atual de crescimento até o fim do ano, apesar do aumento das taxas de juros, segundo o Banco Central. Em maio, o estoque de crédito do sistema financeiro atingiu o valor recorde de R$ 1,5 trilhão, alta de 19% em 12 meses. A taxa média de juros subiu pelo segundo mês, para 34,9% ao ano, a maior dos últimos seis meses.

Com esses resultados, o BC manteve a previsão de que o volume total de empréstimos a empresas e consumidores vai crescer 20% em 2010. "O crédito continua crescendo a taxas expressivas, mesmo com juros se elevando por conta do aumento no custo de captação", diz Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do BC.

Para o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), os dados mostram que o crédito é o principal responsável pelo aquecimento da economia. O instituto defende que o governo limite o financiamento do consumo, para evitar pressões inflacionárias.

O aumento do crédito vem sendo puxado, principalmente, por empréstimos subsidiados para empresas e para o crédito imobiliário à pessoa física, que avançaram, respectivamente, 41% e 51% em 12 meses.

O crédito livre, que responde por dois terços do total e é a principal fonte para famílias, avançou 12,5% no mesmo período e deve terminar o ano com crescimento de 17%.

Se as previsões se confirmarem, o estoque de crédito deve alcançar 48% do PIB (soma dos bens e serviços produzidos no país no período). Hoje, está em 45,3%, percentual recorde. O BC esperava chegar a 49%, mas o crescimento de 9% do PIB no primeiro trimestre levou à revisão da expectativa. O patamar é baixo em relação às economias desenvolvidas, segundo o BC.

Fonte: Diário do Nordeste

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